Porque o que guardamos não se resume aos momentos solenes e pouco transparentes do que realmente somos, porque o que gravamos em nós como os escultores na pedra são todos aqueles momentos verdadeiros... São os segundos mais simples que levamos connosco...
São todos esses segundos, esses momentos, que guardo comigo...
3.24.2013
3.21.2013
Renascer
Deixei cair este espaço no esquecimento, como tantas vezes fazemos com tantas outras pessoas, lugares, pensamentos...
Quero fazê-lo renascer, como a Fénix das cinzas, recriar um ponto no espaço e no tempo onde posso encontrar-me, não só comigo, mas também com os outros. Já criei este blogue há muito tempo... Olho agora para trás e penso que, de facto, a vida é breve, que não nos podemos deixar cair na rotina, aceitar um nascer do sol como um dado adquirido, como se nos assegurassem cada dia... Não sabemos o amanhã, vivemos agora, pensamos agora e talvez assim a vida não nos passe ao lado.
Fui feliz hoje, sou feliz agora e agradeço todos os segundos que vivi, HOJE
Quero fazê-lo renascer, como a Fénix das cinzas, recriar um ponto no espaço e no tempo onde posso encontrar-me, não só comigo, mas também com os outros. Já criei este blogue há muito tempo... Olho agora para trás e penso que, de facto, a vida é breve, que não nos podemos deixar cair na rotina, aceitar um nascer do sol como um dado adquirido, como se nos assegurassem cada dia... Não sabemos o amanhã, vivemos agora, pensamos agora e talvez assim a vida não nos passe ao lado.
Fui feliz hoje, sou feliz agora e agradeço todos os segundos que vivi, HOJE
3.19.2012
Peregrino
Não há definição de peregrino. Peregrino não se escreve, é-se. O peregrino encontra nos seus passos a sua definição, sente na sua efemeridade a sua condição. O peregrino não tem partida nem meta, a sua definição não tem início nem fim, o seu caminho estende-se para lá do horizonte, para além do sonho, procurando no imanente o significado do transcendente.
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Pedro Gabriel, Fevereiro de 2012 |
12.18.2011
Ettore Majorana
Ettore Majorana nasceu em Catânia, Sicília, a 5 de Agosto de 1906. Tenho ouvido falar dele nas "conversas de carro" com o meu pai. De facto, o curto percurso entre casa e o colégio é susceptível de criar em mim questões quase existenciais que, por vezes, me colonizam o pensamento durante o resto do dia. O que ouvi sobre este homem foi tão intrigante que me decidi a ler o livro.
"O Grande Inquisidor", como o livro se chama, foi escrito por João Magueijo, um conhecido físico teórico português, que se questionou sobre a vida de Majorana e quis conhecê-lo. No entanto, tinha um grande problema físico para resolver: o espaço-tempo.
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Ettore Majorana |
Ettore Majorana foi ou é um génio, segundo o seu chefe e Nobel da Física, Enrico Fermi, equiparável a Sir Isaac Newton ou Galileo Galilei. Majorana foi ou é um físico com tanto génio em si que nos na década de trinta do século XX fez previsões físicas que estão neste momento a ser testadas. Este homem tinha a capacidade intelectual de construir uma bomba atómica e, em 1938, perto do início da guerra, esse poder assustou-o. Desapareceu na noite de 25 de Março de 1938. Incomoda-me este "desaparecer", esta lucidez que envolve Majorana, esta consciência de génio que o impedia de viver como um ser humano normal, mas, que por outro lado, o tornava mais lúcido que qualquer outro ser.
Esta lucidez dói. Dói saber que esta Vita é tão Brevis, que o tempo não espera por nós e que numa noite também iremos desaparecer...
10.26.2011
Por água abaixo
Quando não se tem nenhuma notícia ou novidade importante para se publicar, a forma mais fácil de resolver o problema é falar do tempo. Não o tempo enquanto grandeza física, as condições meteorológicas que se fazem sentir.
Apesar de querer falar deste tempo não quer dizer que não tenha mais nada que dizer; indica apenas que, de facto, é para mim importante abordar este tema.
Estávamos habituados a um Outono quase Verão, ou até mesmo um Verão quase Outono. De repente, o tempo em que andávamos de calções e t-shirt foi, literalmente, por água abaixo.

Hoje o céu está particularmente tempestuoso e não passam cinco segundos sem que um relâmpago encandeie os candeeiros da rua. É verdade que está um temporal e não apetece sair de casa, é verdade que há inundações, é verdade que é perigoso quando o tempo está assim, mas não deixo de gostar que existam estes dias no ano. Na verdade, a cada relâmpago é criada uma obra-prima no céu, a cada trovão a musicalidade da Natureza ecoa nos meus ouvidos e a cada gota que me cai na cara sinto-me vivo.
10.18.2011
Acinetobacter baumannii
Ontem fui ao Hospital São João dar início a um projecto que pretendo desenvolver ao longo deste não tão trabalhoso(segundo diz quem já passou por ele) 12º ano.
Como o Estado desistiu da disciplina de Área de Projecto, apesar de ter MIP(métodos de investigação em projecto), preciso de mais tempo para desenvolver este meu trabalho. Sendo assim, tenciono deslocar-me a um ambiente mais universitário todas as segundas-feiras. Já agora, o projecto é sobre a acinetobacter baumannii, uma bactéria que causa infecções, principalmente em hospitais. Vou ter que conhecer bem esta bactéria, o que implica estudo, mas o facto de estar no Hospital e poder conviver com médicos ajudou-me a tirar as dúvidas sobre o que quero fazer e ser no futuro, se ainda as tinha...
Apesar desta bactéria também ter a capacidade de matar pessoas, maioritariamente as mais fragilizadas, queria só avisar que, apesar de ainda não ter feito um mês desde que caiu aquele satélite na Terra, entre 21 e 24 de Outubro poderá cair outro. No entanto, este último está inutilizado há 13 anos e uma das peças em que se desintegrará terá cerca de 1,6 toneladas, peça esta que se cair em cima de alguém poderá não ser muito agradável.
Os especialistas dizem que a probabilidade de cair em cima de alguém é de 1 para 2000, porém, este pode ser esse 1...
Como o Estado desistiu da disciplina de Área de Projecto, apesar de ter MIP(métodos de investigação em projecto), preciso de mais tempo para desenvolver este meu trabalho. Sendo assim, tenciono deslocar-me a um ambiente mais universitário todas as segundas-feiras. Já agora, o projecto é sobre a acinetobacter baumannii, uma bactéria que causa infecções, principalmente em hospitais. Vou ter que conhecer bem esta bactéria, o que implica estudo, mas o facto de estar no Hospital e poder conviver com médicos ajudou-me a tirar as dúvidas sobre o que quero fazer e ser no futuro, se ainda as tinha...
Apesar desta bactéria também ter a capacidade de matar pessoas, maioritariamente as mais fragilizadas, queria só avisar que, apesar de ainda não ter feito um mês desde que caiu aquele satélite na Terra, entre 21 e 24 de Outubro poderá cair outro. No entanto, este último está inutilizado há 13 anos e uma das peças em que se desintegrará terá cerca de 1,6 toneladas, peça esta que se cair em cima de alguém poderá não ser muito agradável.
Os especialistas dizem que a probabilidade de cair em cima de alguém é de 1 para 2000, porém, este pode ser esse 1...
10.03.2011
"Não Há Estrelas no Céu"
Quando foi a última vez que olharam para o céu e viram o brilho das estrelas? Quando foi, na verdade, a última vez que se lembraram de olhar para o céu à noite?
No fim-de-semana fui de novo para o Douro, a uma aldeia, de seu nome Gouvinhas, onde nunca, ou quase nunca, a mão do Homem pôs o pé. Para observar o céu em condições é preciso estar numa zona suficientemente afastada das grandes cidades(quando digo "suficientemente" quero dizer uma quantidade significativa de quilómetros) para que o excesso de luz não perturbe o brilho ténue de algumas estrelas. De facto, mesmo no meio do nada, a pouca iluminação pública que aquela aldeia tinha chegava para me impedir de ver apropriadamente as estrelas com que os antigos desenharam nos céus.
Consegui ver telescopicamente Júpiter e os seus quatro satélites e a ainda mais incógnita M31(uma galáxia também chamada Andrómeda). Esta última era apenas um cinzento Universo, um pedaço de céu no qual se adivinhava uma quantidade enorme de estrelas. Pensei para mim nesse momento que no local para onde olhava poderia existir vida, que os sonhos de Carl Sagan podem não o ser, não sei...
Experimentem olhar para o céu uma destas noites e sonhem com o que haverá para lá da lente, já que o que podemos ver é tão pouco...
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